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VACINA CONTRA ROTAVÍRUS: QUANDO TOMAR E QUAIS SÃO AS POSSÍVEIS REAÇÕES?

A vacina oral contra o rotavírus é constituída por vírus vivos atenuados e previne contra o vírus da família Reoviridae, que causa sintomas como diarreia grave, febre e vômito. O rotavírus é considerado, atualmente, um dos maiores agentes causadores de gastroenterites e óbitos em crianças menores de 5 anos, mundialmente. A gastroenterite causada por rotavírus é, portanto, extremamente perigosa, causando vômito, diarreia e, caso os sintomas persistam, desidratação e danos aos órgãos.

VACINA CONTRA ROTAVÍRUS NAS REDES PÚBLICA E PRIVADA

Apesar de ambas serem produzidas a partir do rotavírus vivo, porém atenuado, as vacinas encontradas nas clínicas públicas e nas particulares possuem uma principal diferença. A vacina rotavírus fornecida pela rede pública previne contra um sorotipo de rotavírus em duas doses. Já a vacina encontrada da rede privada confere imunização contra cinco sorotipos do vírus e é aplicada em três doses, oferecendo uma proteção mais ampla.

QUANDO DEVE SER APLICADA A VACINA?

A vacina contra rotavírus disponível na rede privada, a Pentavalente (VRH5), composta por cinco tipos do vírus, deve ser administrada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade. Já a vacina oferecida pela rede pública, a Monovalente (VRH1), composta por um tipo do rotavírus, deve ser aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses. Em ambas as redes, a primeira dose da vacina deve ser aplicada no máximo aos 3 meses e 15 dias de idade e, da mesma forma, a última deve ser realizada em uma idade máxima de 7 meses e 29 dias.

POSSÍVEIS REAÇÕES À VACINA

Os efeitos adversos mais comuns da vacina contra o rotavírus são: febre, vômito, diarreia, irritabilidade e perda do apetite. Além desses efeitos, em alguns casos, a vacina pode causar reações, como otite, faringite, broncoespasmo e invaginação intestinal. Porém, segundo estudos científicos, a quantidade de casos de invaginação após a aplicação da vacina é muito próxima da quantidade de casos em crianças não imunizadas, mostrando, portanto, que o risco oferecido pela vacina é muito pequeno. Além disso, o perigo é muito menor comparado ao de hospitalização ou óbito devido a gastroenterite causada pelo rotavírus.

CONTRAINDICAÇÕES DA VACINA CONTRA ROTAVÍRUS

A vacina é contraindicada para bebês fora da faixa etária indicada, de 6 semanas a 7 meses e 29 dias de idade, e para pessoas com situações/quadros específicos, como deficiências imunológicas por doença ou por uso de medicamentos imunodepressivos, alergia grave por algum dos componentes da vacina, doença gastrointestinal crônica e histórico de invaginação intestinal. A Vacina Oral Atenuada Pentavalente (VR5), disponível na rede privada é composta, além dos cinco tipos de vírus vivos atenuados, por sacarose, citrato de sódio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, hidróxido de sódio, polissorbato 80, meio de cultura e traços de soro fetal bovino. Já a composição da Vacina Oral Monovalente (VRH 1), encontrada na rede pública, é produzida por meio de um tipo de rotavírus vivo atenuado, além de sacarose, adipato dissódico, meio Eagle modificado Dulbecco (DMEM) e água estéril. A vacina rotavírus é contraindicada, portanto, caso haja alergia grave a algum desses elementos, em quadros de urticária disseminada, dificuldade respiratória e choque anafilático, ou a dose antecedente da vacina.

CUIDADOS ANTES, DURANTE E APÓS A VACINAÇÃO

A vacinação contra o rotavírus deve ser adiada no caso de bebês com febre moderada e alta (acima de 38°) ou diarreia intensa, até que haja melhora desses sintomas. O adiamento não é necessário, porém, se a febre for baixa ou a diarreia ser leve, sem provocar desidratação. Em casos de bebês de mães portadoras do vírus HIV, a vacina é indicada se não houver sinais de deficiência imunológica. Além disso, a vacinação pode ocorrer em bebês que convivem com pessoas com deficiência imunológica e não é necessário ou indicado dar outra dose se o bebe golfar ou regurgitar após tomar a vacina. Ademais, ela não está contra-indicada para lactentes que convivem com pacientes imunodeprimidos ou gestantes e não há restrições quanto ao consumo de líquidos ou alimentos, inclusive o leite materno, antes ou após a vacinação. É importante ressaltar, que sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que duram por mais de 24 a 72 horas, devem ser investigados para verificação de outras causas e notificados.

EFICÁCIA DA VACINA

Foram realizados estudos relacionados à eficácia da vacina contra o rotavírus, nas quais participaram lactentes entre 6 e 13 semanas de idade de 11 países da América Latina, incluindo o Brasil e, no total, 10159 receberam a vacina e 10010, o placebo. Foi observado que a eficácia na prevenção de diarréia grave foi de 84,7% e, para hospitalização, de 85%. A eficácia de prevenção desse sintoma, incluindo todos os sorotipos do grupo G, foi de 91,8%. Dentro desses, para os sorotipos G3P, G4P E G9P, a vacina mostrou ser eficaz em 87,3% dos casos e, para o sorotipo G2P, em 41%. Além disso, foi analisado que a proteção tem início cerca de duas semanas após a aplicação da segunda dose.

A VACINA CONTRA ROTAVÍRUS PODE SER APLICADA SIMULTANEAMENTE COM OUTRAS VACINAS?

A vacina oral contra o rotavírus pode ser aplicada simultaneamentes com algumas vacinas, como DTP, DTPa (acelular), Hib, Hepatite B, Pneumococo 7-valente e Salk, sem prejudicar as respostas imunológicas produzidas a partir das mesmas. No caso da vacina contra o meningococo, não há ainda estudos comprovados referente a aplicação simultânea com o rotavírus. A maioria das pesquisas realizou a aplicação da vacina contra o rotavírus com 15 dias de intervalo em relação a vacina oral contra poliomielite, gerando uma boa resposta para ambas imunizações. Porém, estudos realizados com a administração simultânea das duas vacinas apresentaram redução na resposta de anticorpos IgA para a primeira dose do rotavírus. Após a aplicação da segunda dose, entretanto, não houve declínio da imunogenicidade.

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